A primeira edição da nova série da revista Vírus estará à venda em livrarias e nas sedes e atividades do Bloco. O destaque vai para o dossier "O que é esta direita que combatemos", com artigos de Fernando Rosas ("Uma mudança de paradigma"), Hugo Dias ("Acumulação flexível e impactos no mundo do trabalho"), António Rodrigues ("Breve história da (des)construção do Serviço Nacional de Saúde), Bruno Góis ("O capitalismo autoritário e a crise das democracias europeias") e Carlos Carujo ("Neocolonialismo do senso comum").
O número conta ainda com uma entrevista a David Harvey, geógrafo e teórico social, intitulada "A Revolução Urbana que virá" e artigos sobre o filósofo Daniel Bensaid, a campanha de Jean-Luc Mélenchon nas presidenciais francesas, o novo consenso europeu e os movimentos de indignados, a cargo, respetivamente, de Carlos Carujo, Fabia Figueiredo, Mariana Santos e José Soeiro.
A secção de recensões "Ver ouvir e falar", olha para os livros "A Dividadura", de Francisco Louçã e Mariana Mortágua, "As Palavras do Corpo", de Maria Teresa Horta, "al Face-Book", de Alberto Pimenta, "Jovens em transições precárias", coletânea de textos de vários autores, "A Fábrica e a Rua" de Sónia Ferreira, "O Enigma do Capital e as Crises do Capitalismo", deDavid Harvey, "A Classe Média: Ascensão e Declínio", de Elísio Estanque, "Verdes anos. História do ecologismo em Portugal", de Luís Humberto Teixeira e "Salazar e as Eleições", de José Reis Santos. A secção prossegue com os filmes "Praxis", de Bruno Cabral, "48", de Susana Sousa Dias e "Linha Vermelha", com entrevista ao realizador José Filipe costa. E fecha com uma crítica musical a "Kelmti Horra", da cantora tunisina Emel Mathlouthi, uma das vozes da revolução do ano passado.
A primeira edição da nova Vírus abre com um texto de Miguel Portas, "A política ou a vida", notas do dirigente bloquista falecido em abril escritas logo após a primeira campanha eleitoral do Bloco: as europeias de junho de 1999. "É uma homenagem singela do Conselho de Redação a um amigo e camarada que só a morte prematura impediu continuar a ser um colaborador assíduo da Vírus também nesta sua versão impressa", diz Fernando Rosas na abertura do editorial da revista.