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Lista A para a eleição da Coordenadora Concelhia de Vila Franca de Xira - biénio 2022-2024

LISTA ORDENADA DA CANDIDATURA

·         João Fernandes, aderente n.º 7782

·         Alexandre Café, aderente n.º 10070

·         Catarina Lourenço, aderente n.º 12068

·         João Patrocínio, aderente n.º 13408

·         Nuno Onça, aderente n.º 10319

·         Cristina Vareda, aderente n.º 15811

·         José Raposo, aderente n.º 16081

 

CONTEXTO POLÍTICO

O período a que corresponde o próximo mandato da Coordenadora Concelhia (2022/2024) coincidirá com metade da duração do atual ciclo autárquico, iniciado com as eleições autárquicas de outubro de 2021. Esse ato eleitoral ditou um enfraquecimento na representação institucional do Bloco de Esquerda no concelho de Vila Franca de Xira, com a perda de um mandato de vereador, um mandato na Assembleia Municipal e assento nas Assembleias de Freguesia de Vialonga e de Vila Franca de Xira. Esses resultados produziram-se numas eleições que debilitaram a esquerda de um modo geral e que deram ao Partido Socialista a gestão de todas as Juntas de Freguesia e um mandato camarário tranquilo, com acordos, mais ou menos às claras, com o PSD e com o CDS, na Câmara Municipal e na Assembleia Municipal respetivamente.

Do ponto de vista nacional, o mandato da nova Coordenadora Concelhia coincidirá também com um período entre eleições para a Assembleia da República, sob um governo de maioria absoluta do Partido Socialista e uma esquerda também enfraquecida na sua capacidade de intervenção e de influência no parlamento.

Estes serão, pois, dois anos em que o Bloco de Esquerda deverá organizar-se, aprofundar e capacitar a sua intervenção local, melhorar a sua implantação na comunidade, incentivar um debate político à esquerda sobre um conjunto amplo de matérias, articular-se com os movimentos da cidadania e corporizar uma voz coerente e preparada de oposição às insuficientes políticas – nomeadamente locais - do Partido Socialista. Face a uma CDU que perde o fôlego e que tem intervindo de forma tímida, no último ano, nos órgãos autárquicos concelhios, caberá ao Bloco de Esquerda apresentar a proposta política que responde aos anseios da esquerda e às reais necessidades da população. Porém, só o fará com uma comunicação eficaz e com uma estrutura organizada, ágil, mobilizada e capaz de fazer uma permanente leitura dos seus desafios.

Os próximos anos serão tempos de grande instabilidade na vida económica dos mais vulneráveis e da classe média portuguesa. O aumento do custo de vida, associado às fragilidades da política social do Partido Socialista, produzirá mais pobreza e acentuará as desigualdades sociais, e é ao Bloco de Esquerda que cabe propor medidas que coloquem as autarquias do lado de uma solução justa. O acesso à habitação a custos suportáveis pela população portuguesa será um dos desafios mais sérios da sociedade, designadamente nas áreas urbanas, e terá de ser o Bloco de Esquerda a protagonizar a exigência política por mais habitação pública e por mais apoios a rendas a preços controlados. A luta pela justiça climática continuará a responder a uma urgência dos nossos tempos, e é o Bloco de Esquerda que deve dar voz institucional a quem reclama um ordenamento do território e um planeamento das infraestruturas e dos transportes que mitiguem a pressão humana sobre os recursos naturais.

A nova Coordenadora Concelhia deverá constituir uma base de apoio ao trabalho local do Bloco de Esquerda, bem como um elo de ligação ao trabalho realizado pelo Bloco noutros concelhos – com os quais importa articular a intervenção e partilhar boas práticas – e no plano nacional e europeu. A Coordenadora Concelhia deverá assegurar a comunicação eficaz das posições locais do Bloco de Esquerda, afirmando-se também como recetora diligente das preocupações que os cidadãos nos fazem chegar. O trabalho da Coordenadora Concelhia deverá proporcionar vivacidade à esquerda concelhia, mobilizar os/as ativistas, bem como favorecer o surgimento de uma proposta de esquerda coerente e convincente para a governação do Município e das suas Freguesias, assente num diálogo amplo.

 

PROPOSTA DE TRABALHO

·         Tomadas de posição e comunicação eficaz

A Coordenadora Concelhia deve atender à necessidade de tomar posição, em nome do Bloco de Esquerda, sobre assuntos relativos à política local. Essa tomada de posição deve ser sempre articulada com os eleitos locais na Assembleia Municipal e nas Assembleias de Freguesia, mas é particularmente relevante no caso das Freguesias e Uniões de Freguesia onde o Bloco de Esquerda não tem, atualmente, representação institucional. A Coordenadora Concelhia compromete-se a estar atenta à atualidade política local e, nas suas reuniões, tomar posição sobre temas e questões fundamentais, atuando também no sentido da divulgação o mais ampla possível dessas posições, junto da comunicação social, da população em geral e, quando conveniente, de públicos específicos. Para esse efeito, um membro da Coordenadora ficará, em cada momento, responsável pela redação da posição política, com subsequentes contributos dos restantes, devendo a lista de contactos de imprensa estar permanentemente atualizada e os meios digitais inteiramente operacionais.

·         Angariação de novos aderentes

Um dos objetivos dos próximos tempos deverá ser o de aumentar o número de aderentes concelhios, devendo ser criadas e aprofundadas abordagens eficazes de angariação de aderentes e de envolvimento dos mesmos, no sentido do crescimento da massa crítica e da capacidade de mobilização e de trabalho da estrutura local. Este objetivo não é alheio à necessidade de a Coordenadora Concelhia assumir uma postura de abertura face à comunidade e aos movimentos de cidadãos com ação no concelho. O envolvimento de novos aderentes constituirá uma força fundamental para o êxito de iniciativas e ações, para uma melhor implantação no território e para a criação de um projeto político convincente. 

·         Articulação com outras concelhias

Deve ser fortemente reforçada a articulação com outras concelhias, em especial com as concelhias vizinhas (Loures, Alenquer ou Benavente) e com aquelas em que importe o Bloco de Esquerda apresentar posições coincidentes. Esta articulação deve também significar uma mobilização pluriconcelhia para iniciativas realizadas no nosso concelho ou em concelhos próximos. Convidar elementos de outras concelhias para reuniões conjuntas, bem como apoiar a realização de reuniões de articulação entre membros de Assembleias Municipais da Área Metropolitana de Lisboa, são ideias a desenvolver nos próximos anos.

·         Organização e dinamização da sede concelhia

A sede concelhia é o centro de trabalho do Bloco de Esquerda e uma montra da sua atividade e energia no centro de Vila Franca de Xira. A Coordenadora Concelhia deverá zelar pela limpeza e arrumação da sede, bem como por uma rotina de utilização, de porta aberta e de renovação da propaganda visível desde o exterior. Gerir o pagamento das despesas da sede concelhia é também uma responsabilidade assumida pela Coordenadora.

·         Realização de sessões públicas e iniciativas de distribuição de propaganda

O debate à esquerda deve extravasar as paredes da sede concelhia, fazendo-se nos lugares públicos, incluindo a rua que foi, desde sempre, o lugar essencial da democracia. O debate descentralizado sobre o que interessa à comunidade deverá fazer convergir ideias, força e mobilização. Estar nas ruas e nos lugares de convívio e encontro das comunidades deve tornar-se uma rotina de trabalho do Bloco de Esquerda.

·         Reuniões de trabalho e auscultação dos aderentes

A Coordenadora Concelhia reunirá, em média, uma vez por mês (salvo casos em que seja conveniente alterar a data de uma reunião ou reunir extraordinariamente). Além disso, compromete-se a convocar um plenário de aderentes com a periodicidade mínima de três vezes por ano. Em ambos os casos, deverá ser dada a possibilidade de comparência através de plataformas digitais, de forma a incrementar a mobilização de aderentes e consequente vivacidade do debate.

 

As listas e moções candidatas à Coordenadora Distrital de Lisboa e às restantes Coordenadoras Concelhias do distrito de Lisboa podem ser consultadas aqui.